Rússia ameaça fechar espaço aéreo em resposta a sanções

Fonte: AP
A Rússia sugeriu nesta segunda-feira (8) que pode proibir companhias aéreas ocidentais de sobrevoar seu território como parte de uma resposta "assimétrica" às novas sanções da União Europeia por conta da crise na Ucrânia.

Culpando o Ocidente por prejudicar a economia russa ao aplicar sanções "idiotas", o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, disse que Moscou irá adotar medidas para reduzir sua dependência de importações, começando com um aumento na produção de aeronaves nacionais.

Medvedev deu a entender que a Rússia deveria ter reagido com mais força às ações dos Estados Unidos e da UE para punir Moscou por seu papel na Ucrânia, afirmando que seu país foi paciente demais no pior confronto com o Ocidente desde a Guerra Fria.

"Se houver sanções relacionadas ao setor energético, ou novas sanções ao setor financeiro da Rússia, teremos que reagir assimetricamente", declarou ele ao jornal russo Vedomosti, acrescentando que as empresas de aviação de "países amigos" terão permissão de sobrevoar a Rússia.

"Caso as companhias aéreas ocidentais tiverem que contornar nosso espaço aéreo, isso pode levar aquelas com dificuldades à falência. Não é esse o caminho. Esperamos que nossos parceiros percebam isso em algum momento", disse ele na entrevista.

Depois de insinuar que adiaria a imposição de novas sanções para dar a Moscou tempo de mostrar que está resolvendo o conflito ucraniano, a UE declarou que irá levar adiante a aplicação das novas medidas ainda nesta segunda.

A frágil trégua acordada na sexta na Ucrânia pouco serviu para convencer os países ocidentais de que a Rússia está comprometida a solucionar o conflito.

Os bombardeios recomeçaram perto do porto de Mariupol no sábado, poucas horas depois de o presidente russo, Vladimir Putin, e seu colega ucraniano, Petro Poroshenko, concordarem em uma conversa telefônica que a trégua estava em vigor. O cessar-fogo se mantinha em grande parte nesta segunda-feira, apesar de violações esporádicas.

Fonte: Reuters

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