Paraíba registra queda 7,8% na geração de emprego

A Paraíba gerou um saldo de 18,680 mil postos de empregos formais em 2012, mas menor 7,85%, quando comparado ao ano anterior (20.273), segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

O setor de serviços, com saldo de 10.230, alavancou o número de empregos no Estado, sendo responsável por 54,56% do total de trabalhos abertos na Paraíba. Em 2011, o setor havia gerado 7,019 mil postos, mas no ano passado o setor expandiu 45,7%, com a instalação de call center em Campina Grande.

Além do setor de serviços, os setores que mais contribuíram no saldo em 2012 foram a construção civil (4.894), comércio (3.426) e a indústria de transformação (2.024). Já o setor agropecuário, que sofreu com a estiagem, registrou baixa de 2,184 mil postos. No ano passado, o setor havia registrado saldo positivo (312).

Para o secretário executivo de Desenvolvimento, Indústria e Turismo da Paraíba, Marcos Procópio, a Paraíba se destacou positivamente, principalmente, se comparado com o crescimento anual do país, em média 7%, e com os dados do Caged da região Nordeste.

“A Paraíba ficou em segundo lugar em números absolutos na geração de emprego e em números relativos ficamos em primeiro lugar. Se compararmos a Paraíba com estados do Nordeste, observamos que Alagoas, por exemplo, gerou cerca de 90% menos postos de trabalhos nos dois últimos anos”, disse Marcos Procópio.

Sobre o destaque do setor de serviços, ele atribuiu à forte comunicação com o setor privado e investimento em infraestrutura. Um exemplo citado pelo secretário foi a empresa de call center AeC, instalada em Campina Grande, no mês de abril de 2012. Outras duas unidades serão inauguradas em João Pessoa este ano, uma já no mês de março deste ano. “Somente uma destas empresas já empregou 5 mil. Então, estamos mantendo uma comunicação forte na atração de novas empresas e investindo em infraestrutura”, disse o secretário.

Para o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PB), Renato Silva, mesmo com a queda de vagas apresentada em 2012, “a Paraíba continua aquecida na geração de emprego, mostrando um crescimento robusto de geração de emprego e renda que vem se refletindo nos últimos quatro anos. Essa queda não é de assustar porque houve uma redução nas taxas de crescimento em todo o Brasil. A construção civil vem se consolidando agora em segundo lugar na geração de postos de trabalho e renda no Estado”, afirmou Renato Silva.

O supervisor técnico do Dieese-PB disse ainda que a construção civil é um dos setores que melhor remunera seus trabalhadores. “Vale salientar que ainda temos problemas estruturais.

Precisamos melhorar, por exemplo, em setores como o calçadista, comércio e de vestuário que oferecem aos seus empregados salários próximos do mínimo”.

DEZEMBRO Já em dezembro, por razões sazonais que marcam a série do Caged (entressafra agrícola, férias escolares, período de chuvas, esgotamento da bolha de consumo no final do ano), verificou-se declínio de 0,25% no nível de emprego na Paraíba (-927), que ficou negativo no Estado, com predomínio da indústria de transformação (-546).

Já as cidades de João Pessoa (7.318) e Campina Grande (6.337) concentraram o saldo de postos de trabalho do Estado em 2012.

JP Online

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