Um ano depois, Apple ainda sente falta de Jobs


Objetos de desejo que hoje enfeitam as vitrines de lojas especializadas em tecnologia não estariam lá não fosse a personalidade turrona de Steve Jobs. Há um ano, o cofundador da Apple sucumbia a um câncer no pâncreas, deixando para trás um legado bilionário e uma série de dúvidas sobre a capacidade de a empresa se reinventar.

Jobs, cuja biografia é repleta de episódios controversos, era um homem visionário. Previu um aparelho como o iPad, lançado em 2010, nos anos 1980; criou todo um sistema para a venda de músicas em formato digital com o iPod; forçou um punhado de grandes empresas a perseguirem a boa qualidade gráfica do iPhone, só para lembrar alguns de seus feitos.

O cofundador da Apple era também arrogante, egoísta e defensor ferrenho de uma política comercial fechada (basta lembrar que a garantia dos produtos se perde caso o dono tente abri-los). Tudo isso, no entanto, era compensado por sua habilidade em criar produtos realmente inovadores, habilidade essa que não foi percebida no último grande lançamento da Apple, no mês passado.

Quando o atual CEO, Tim Cook, subiu ao palco, além da pouca experiência como cerimonialista, ficou evidente que a Apple corre o risco de perder o posto de inovadora do setor. O iPhone 5, a grande estrela do dia, pareceu mais do mesmo.

Steve Jobs criou produtos fantásticos enquanto esteve à frente da Apple / Ryan Anson/ AFP

Mas talvez o problema mais grave tenha ficado por conta das falhas no iOS 6. Os erros levaram Tim Cook a pedir desculpas e a recomendar que eles utilizassem produtos da concorrência - uma postura honesta, mas que Jobs jamais adotaria.

Com tantas mudanças em um ano, a dúvida que fica é: será a Apple capaz de se manter no topo por muito mais tempo?

Fonte: Band

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