Selic é reduzida para 7,50% e atinge novo recorde

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira reduzir a Selic em 0,50 ponto percentual, para 7,50 por cento ao ano, batendo novo recorde histórico de baixa, e deixou claro que os próximos passos da política monetária serão conduzidos com a "máxima parcimônia".

"Considerando os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, que em parte se refletem na recuperação em curso da atividade econômica, o Copom entende que, se o cenário prospectivo vier a comportar um ajuste adicional nas condições monetárias, esse movimento deverá ser conduzido com máxima parcimônia", informou o Copom por meio de nota.

Pesquisa da Reuters mostrou na semana passada que os 42 analistas consultados previam corte de 0,50 ponto percentual na Selic .

O tom do comunicado, que mostrou ainda que a decisão foi inânime, mudou em relação aos outros, que traziam a frase "dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias" e servia de referência para os agentes econômicos apostarem em mais reduções.

Este foi o nono corte seguido na Selic, num total de 5 pontos percentuais. O atual processo de afrouxamento da política monetária foi iniciado há um ano pelo BC, que aproveitou o cenário externo desinflacionário e de crise para empurrar para baixo a Selic com o objetivo levar a taxa básica para níveis compatíveis com patamares internacionais.

Parte dos analistas acredita, no entanto, que os recentes repiques da inflação podem atrapalhar e, com isso, vê a Selic precisando voltar a subir no próximo ano.

Em agosto, o IPCA-15 --prévia da inflação oficial do país-- subiu 0,39 por cento, ante a alta de 0,33 por cento de julho e um pouco acima do esperado pelo mercado.

Fonte: Reuters

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