Flamengo e Botafogo não saem do zero

Seedorf tenta passar pela marcação rubro-negra / Ide Gomes / Frame/Folhapress
Tudo igual no Engenhão. Em clássico fraco em emoções, Botafogo e Flamengo não saíram do zero neste domingo e levam para casa um ponto cada – o que não muda as posições dos rivais no Brasileirão. O Bota segue em 7º, com 28 pontos, enquanto o Fla não sai da 9ª posição, com 26 – postos na tabela que podem ser perdidos dependendo dos resultados dos jogos das 18h30. E G4 segue longe dos dois.

Na próxima rodada, o Glorioso encara o São Paulo, no Morumbi. Já o Rubro-Negro recebe o Sport, no Raulino de Oliveira. Ambas as partidas serão jogadas na quinta-feira.

Equilíbrio marca o primeiro tempo

A exemplo do jogo de sábado, no mesmo Engenhão, entre Vasco e Fluminense, o primeiro tempo foi marcado pela velocidade e pela disputa no meio de campo. Além disso - também como os rivais - Flamengo e Botafogo também revezavam no domínio do jogo. Se nos minutos iniciais o time de General Severiano chegou mais ao ataque, a parte final dos primeiros 45 minutos foi de amplo domínio rubro-negro.

O trio de meias escalado pelo técnico Oswaldo de Oliveira incomodou a defesa do Fla, que parecia nervosa no início. Lodeiro, Seedorf e, principalmente, Andrezinho se movimentavam bastante e deixavam Cáceres e Luiz Antonio perdidos na marcação. Com isso, aos sete minutos, o holandês aproveitou uma falha rubro-negra e encontrou Elkeson livre na esquerda. O camisa 9 do Bota cruzou para Andrezinho que chutou e foi bloqueado por Welinton - incrivelmente, um dos melhores do Fla na primeira etapa.

Aos poucos, a dupla de volantes do Flamengo se encontrou em campo e a partida começou a ficar mais parelha e brigada no meio do campo.

E, por volta dos 35 minutos do primeiro tempo, o time da Gávea cresceu no jogo e fez o rival errar muitos passes. E, em um equívoco desses, Negueba apareceu livre pelo meio aos 42 minutos. Ele chutou colocado, de longe, e Jefferson - mostrando o porquê de ser convocado para a Seleção Brasileira - espalmou para o lado. A bola caiu nos pés de Thomás. O jovem tentou o chute cruzado, mas Brinner chegou antes de Vagner Love e afastou o perigo.

Ainda na mesma toada, Luiz Antônio chegou livre pelo meio - evidenciando o problema do Botafogo no setor - e fez ótimo lançamento para Léo Moura. O lateral, livre, chutou com força, mas Jefferson novamente fez ótima defesa e pôs a bola para escanteio.

Fla quase faz no final do jogo

A segunda etapa começou com uma leve superioridade do Flamengo. Mas, rapidamente, o equilíbrio que marcou o primeiro tempo voltou ao gramado do Engenhão.

Quando o jogo entrava em um marasmo entediante, uma dividida entre González e Elkeson aos 13 minutos, que rendeu um cartão amarelo para o chileno-brasileiro, reacendeu os ânimos dentro de campo. O técnico Dorival Junior, que já havia sido advertido verbalmente pelo árbitro Péricles Bassols no primeiro tempo, reclamou acintosamente e foi expulso da área técnica. Seu filho, Lucas Silvestre, assumiu o posto.

E, em rápido contra-ataque no lance seguinte após a saída do comandante do Fla, Adryan - que entrou bem no lugar do nulo Thomás - fez boa jogada pela esquerda, mas cruzou forte demais para Love. O camisa 99 se esforçou, evitou a saída e tocou para trás. Léo Moura chegou chutando cruzado, mas a bola passou por toda a área e saiu em tiro de meta para Jefferson.

Porém, parece que a saída de Dorival fez o time rubro-negro se perder em campo. O Botafogo aproveitou o momento de indecisão do Fla e partiu para cima mais na base da vontade, do que na qualidade, já que Seedorf - a referência de qualidade do time de Oswaldo de Oliveira - estava bem marcado pelos volantes rubro-negros.

O trio de meias do Alvinegro já tinha invertido o posicionamento. Lodeiro caía pela esquerda, Seedorf ficou centralizado e Andrezinho caía pela direita, quase como um segundo atacante.

Porém, os times parecem ter sentido o ritmo intenso do primeiro tempo e a qualidade técnica da partida caiu na segunda metade da etapa final. Em meio a uma disputa incessante para ver quem perdia mais contra-ataques, o paraguaio Cáceres derrubou Cidinho na entrada da área. O camisa 10 do Botafogo cobrou bem a falta, mas ela saiu por cima do gol de Felipe.

O jogo seguiu morno até os 45 minutos, quando Ramon cruzou para Liedson, que livre, cabeceou no travessão. Após briga dentro da área, Love caiu no chão e pediu pênalti. Na sobra, Ibson arriscou de longe e a bola parou nas mãos de Jefferson. E o jogo acabou com um empate justo, no Engenhão.

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO (0)
Jefferson, Lucas, Brinner (Dória 35'/2ºT), Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Amaral, Renato, Lodeiro, Andrezinho (Cidinho 28'/2ºT) e Seedorf; Elkeson - Técnico: Oswaldo de Oliveira

FLAMENGO (0)
Felipe, Léo Moura, Welinton, González e Ramon; Cáceres, Luiz Antonio (Muralha 41'/2ºT) e Ibson; Negueba (Liedson 36'/2ºT), Thomás (Adryan - intervalo) e Vagner Love - Técnico: Dorival Júnior.

Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Data-Hora: 26/8/2012 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Péricles Bassols Cortez (Fifa-RJ). Auxiliares: Marco Antônio Santos Pessanha (RJ) e Rodrigo Henrique Correa (RJ)
Renda e público: R$ 440,905,00 / 15.090 pagantes
Cartões amarelos: Brinner, Lucas, Márcio Azevedo, Cidinho (BOT); Cáceres, González (FLA)
Cartões vermelhos: nenhum

Fonte: Band

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