Primeiro presidente eleito democraticamente na história do Egito, Mohamed Mursi assumiu o governo do país neste sábado (30). Ele substitui Hosni Mubarak, deposto em 2011. Mursi prometeu um "novo Egito" e, para isso, terá que fazer a economia do país deslanchar e reorganizar o governo.
Candidato do partido Irmandade Muçulmana, Mursi assumiu o comando na Corte Suprema do país e foi observado de perto pelos militares que governaram o Egito desde a queda de Mubarak. Segundo a rede de televisão CNN, o discurso de Mursi na posse se focou na defesa da população.
— Hoje, o povo do Egito estabeleceu uma nova vida de completa liberdade e com uma legítima democracia. Prometo defender o sistema republicano e respeitar a constituição em favor dos interesses da população.
A cerimônia de posse, prevista para as 11h locais (6h de Brasília), começou com quase duas horas de atraso.
O procedimento para o juramento do cargo gerou divergências entre os militares no poder e a Irmandade Muçulmana. A junta considerava que Mursi deveria tomar posse na Corte Constitucional, mas os islamitas insistiram no Parlamento, oficialmente dissolvido, mas que para eles permanece legítimo.
O presidente cedeu, mas já havia desafiado o Exército ao prestar um juramento simbólico ao cargo diante de milhares de pessoas na sexta-feira na Praça Tahrir, "a praça da liberdade e da revolução", em suas próprias palavras.
Mursi derrotou o último primeiro-ministro de Hosni Mubarak, Ahmed Shafiq, na eleição presidencial, que teve o segundo turno celebrado nos dias 16 e 17 de junho. O islamita recebeu 51,73% dos votos.
Fonte: R7