"Branca de Neve e o Caçador" é uma versão para adultos do conto dos irmãos Grimm

Virou tendência transformar histórias infantis em filmes para o público adulto. Enquanto A Garota da Capa Vermelha foi uma desastrosa versão de Chapeuzinho Vermelho, Espelho, Espelho Meu, lançado em abril, optou pelo viés do humor para levar às telas o conto da Branca de Neve. Mais bem-sucedido, Branca de Neve e o Caçador traz uma adaptação vigorosa e com algumas licenças para a fábula dos irmãos Grimm.

Na trama, a princesa (Kristen Stewart) passa os dias infeliz e aprisionada. Tudo por causa de sua madrasta (Charlize Theron), que lhe tomou o trono após a morte do rei. A mocinha, porém, consegue fugir e, inconformada, a vilã contrata um caçador (Chris Hemsworth, o Thor) para abatê-la. Viúvo, o rapaz encontra Branca de Neve na Floresta Negra, um lugar infestado de criaturas assustadoras e de onde poucos humanos saíram vivos. Há outras alterações em relação ao original: o príncipe encantado (papel de Sam Caflin) é um amigo de infância da protagonista e os anões agora são oito e interpretados por excelentes atores de estatura normal, como Ian McShane, Ray Winstone e Toby Jones — há um bom truque para deixá-los pequeninos.

Esqueça o desenho animado de Walt Disney da década de 30. O tom aqui se mostra sombrio, dramático e sem ingredientes para agradar à criançada. Trata-se de uma relevante estreia do cineasta Rupert Sanders. Ele dá conta do recado ao imprimir um ritmo enérgico à narrativa, além de estar bem escudado em um time de especialistas. Entre eles, a figurinista Colleen Atwood (vencedora do Oscar pelo musical Chicago) e Andrew Ackland-Snow, diretor de arte da cinessérie Harry Potter. Sorte da plateia: sai a breguice de Espelho, Espelho Meu e entra um imponente visual medieval que faz ainda mais diferença entre os dois longas-metragens.

Fonte: Veja Rio

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