O cinema mudo reaparece em Cannes leva alegria

The Artist, um filme mudo e filmado em preto e branco, dirigido pelo francês Michel Hazanavicius e protagonizado por Jean Dujardin, levou alegria ao Festival de Cannes, após vários filmes sobre violência familiar, pedofilia e prostituição.

O filme francês, que disputa a Palma de Ouro, mostra duas estrelas dos anos 20 em Hollywood, quando o som chega à sétima arte, o que leva o popular ator ao esquecimento e lança ao estrelato uma jovem atriz, apaixonada pelo antigo ídolo.

O longa-metragem inteligente, repleto de humor e impregnado por um sentimento de solidariedade, foi o mais aplaudido até o momento entre os filmes da mostra oficial, iniciada na quinta-feira e dominada até então por obras que refletem a miséria humana.

Hazanavicius, que rodou o filme em Hollywood, joga com os códigos do formato para criar um filme onde a imagem e a emoção são destaque.

Questionado sobre o que o levou a dirigir um filme mudo e em preto e branco, em plena era do 3D, o diretor afirmou que tinha o desejo de "fazer um cinema puramente visual".

"O cinema mudo impõe aos espectadores uma maneira de ver o filme, impõe o melodrama", explicou o cineasta na entrevista coletiva, durante a qual manifestou admiração por diretores como Alfred Hitchock, Fritz Lang, Ernest Lubitch, King Vidor e Frank Borzage, que iniciaram suas carreiras no cinema mudo.

The Artist não havia sido selecionado, a princípio, para figurar na mostra oficial do festival e seria exibido apenas em sessão especial.

Mas poucos dias antes da abertura do festival, o diretor artístico da mostra, Thiery Frémaux.

Fonte: Pernambuco

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